Tombado pela Unesco como patrimônio mundial, o santuário começou a ser construído em 708 D.C (isso mesmo!) em homenagem a São Miguel - e por isso, há uma linda e imponente estátua dourada do arcanjo no topo da abadia. No século X, com a chegada dos monges beneditinos à abadia, uma pequena vila foi sendo formada aos pés do monte e, assim, começou a ser povoado. O Mont Saint-Michel serviu ainda de fortaleza durante a Guerra dos Cem Anos (entre França e Inglaterra) e por isso é considerado um dos símbolos da identidade francesa já que jamais conseguiu ser tomado pelos ingleses. Alguns historiadores afirmam que as visões de Joana D'Arc do arcanjo São Miguel apelando para que os franceses expulsassem os ingleses das terras Francas são atribuídas às histórias heroicas de defesa do Mont Saint-Michel durante um massivo ataque inglês em 1424. No século XVI, o monte serviu como prisão. Os detalhes da história desse patrimônio mundial podem ser conferidos nos pequenos quatro museus que o monte abriga - particularmente só indico a visitação do Museu Histórico porque oferece uma visão mais geral. Além dos museus, há a simples, mas linda Abadia (localizada no topo do monte), casinhas de pedra, restaurantes e lojinhas atraentes que abrigam os mais variados souvenirs - tapeçarias medievais, semi-jóias, porcelanas, gravuras, livros e tudo mais que todo turista adora comprar!
Depois de muito caminhar pelas ruelas sob um sol forte e um céu muito limpo e azul, descemos para a praia e, assim, pudermos admirará-lo sob outra perspectiva. A maré estava baixa e por isso deu para caminhar tranquilamente. Fiquei ali imaginando quantas batalhas haviam acontecido sobre aquelas areias. E deparar-se com a história é fascinante! Pés sujos, pele ardendo de sol e olhos nada cansados de admirar a paisagem, era hora de pegarmos o ônibus de volta a Rennes. Confesso que deu um aperto de deixar aquele lugar para trás, mas uma vontade certeira de retornar já havia se instalado. Definitivamente, eu ali ficaria por mais algumas horas somente a contemplar e a imaginar sua história. Sonho realizado.
Le Galopin
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