domingo, 10 de junho de 2012

Père-Lachaise e seus Ilustres

Hoje resolvi fazer um passeio inusitado à la Flávia Figueirêdo, uma amiga que me chamou a atenção para a arte desse tipo de lugar, o cemitério. Nesse caso, o Père-Lachaise - o maior de Paris e talvez o mais famoso do mundo. Aberto em 1804,  seu nome é uma homenagem a François d'Aix de la Chaise, confessor de Luís XIV. Como todo cemitério, ele é cercado de lindas árvores, de um silêncio sepulcral (desculpem pelo trocadilho... rsrs) e de túmulos que são verdadeiras obras de arte - muitos até meio abandonados. Mas, o que torna esse lugar peculiar é a antiguidade de alguns mausoléus (cheguei a ver uns que datavam do século XIX), além dos seus ilustres hóspedes como Édith Piaf, Jim Morrison, Chopin, Molière, Balzac, Oscar Wild, Proust, Bourdieu, Delacroix e, claro, Allan Kardec.  Visitamos quase todos esses. O túmulo de Jim Morrison é um dos mais visitados e animados, tanto que foi preciso colocar uma barricada, e quando chegamos lá estavam alguns jovens tomando umas cervejas... Outro que me chamou a atenção foi o lar eterno do escritor Oscar Wilde que precisou ser envolto em uma espécie de redoma de vidro, de tando assédio, principalmente dos jovens - em forma de escritos, flores, poemas, frases, assinaturas e, pasmem, marcas de batom! Mas, sem dúvida, aqueles que mais fiz questão de visitar foram os túmulos de Piaf, Molière e Allan Kardec - este último era o que mais flores tinha e foi o que mais me tocou não só pela minha crença, mas também pela energia do lugar. 18h e um "delicado" senhor nos convida a sair do cemitério e no portão uma senhora tocava uma sineta ensurdecedora, acho que para nos mostrar o caminho de volta ao barulhento mundo dos vivos. 
Oscar Wilde
Allan Kardec





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