quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

24/01 - Primeiro dia do ano Chinês e meu primeiro dia da Cidade Luz

Coincidência ou não, depois de mais de 12h em um avião, claro, à base de Dramin, cheguei à Cidade Luz no primeiro dia do ano chinês - ano do Dragão que significa o ano das realizações. E, enquanto estava na fila no desembarque as amigas Sheyla e Michelly estavam, do Brasil, enviando vibrações, tenho certeza! A ansiedade era grande para sair dali e encontrar meu lindo marido Jivago e, claro, havia também o medo de dar alguma merda e eu ter que voltar dali mesmo para o Brasil e enfrentar mais 12 horas no ar! De cara pediram meu passaporte, como uma prévia para facilitar o trabalho para a Aduana. Ok, passei. Fui seguindo as placas que diziam Sortie. Depois de tanto caminhar com uma mochila ultra-pesada, cheguei na entrada da fila da Aduana e perguntei, em francês, onde ficava a restituição de bagagem para uma das moças que estava organizando a fila e ela me respondeu, em francês, claro, porém mais do que queria saber e aí lascou! Olhei para a cara dela e disse: "Oi?". Ela, entendendo que eu não falava lhufas, apenas mostrou com as mãos. E lá fui eu… Entrei na fila da Aduana com pessoas de todos os lugares… Tinha árabes vestidos a caráter – eu nunca tinha visto isso na minha vida! Bom, entreguei meu passaporte para um policial, ele olhou para minha cara, olhou para o meu passaporte e finalmente desceu o carimbo. Pronto. Estava dentro. Nada tinha dado errado. E a bagagem? Bom, fiquei lá esperando as malas de pobre e elas chegaram. Na saída avistei a linda carinha do meu marido me esperando. Que felicidade! E lá fomos nós rumo ao RER (Reseu Expréss Regionel – uma espécie de metrô onde algumas composições tem 2 andares, outras não, isso depende da linha) rumo ao Centro… Na quais um aspecto sujo e uma música mais-que-antiga tocava: Remember my Name - para quem não está ligando o nome à música, clica nesse vídeo.




O RER chegou e outro choque: que estreito! No meu imaginário, pensei em algo enorme, digno de primeiro mundo. Seguimos passando por cada estação, vendo pessoas de várias raças e estilos entrarem e saírem, pedintes, cantantes, músicos e pessoas com cachorros – sim, aqui na França os cachorros transitam livremente em qualquer lugar, eu disse qualquer lugar mesmo! E lá fora, um tempo nublado, árvores secas, casinhas simpáticas e carros muito velhos – mais até que os carros do Brasil na década de 80 e 90, sério. Descemos na estação Cité Universitaire e caminhamos alguns metros no frio até que meu marido enviou um SMS para os dois amigos que estavam a nossa espera – sim, eles entrariam com as minhas malas e eu e Jivago entraríamos algum tempo depois porque, como ainda não estou matriculada em nenhuma universidade, não poderia estar residindo na Maison des Provinces de France. E are baba eis que surgem os dois, um indiano chamado Yuvraj e um francês chamado Matthieu. Apresentações em inglês, seguimos. Um ramalhete de flores me esperava no quarto, mas, a essa altura eu já estava faminta, morta e já havia adquirido um resfriado.  Como o quarto não tinha cozinha, Jivago fez um almoço na copa da Maison e lá conheci uma figura engraçada e doce, a Stephany – uma austríaca de 22 anos que está estudando medicina, fala espanhol e dança salsa. Desarrumei algumas coisas das malas como, por exemplo, a imagem da minha Nossa Senhora das Graças que me acompanha sempre – ela estava intacta. Depois, dormi por horas a fio e até o dia seguinte, que insistiu em amanhecer lá pelas 9h da manhã! E, eu achando que já começaria meu tour por Paris, fiquei prostrada durante todo o dia seguinte cercada de Coristina, lenços e Sorine. Paris, ficava para o dia seguinte.

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