terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

No Metrô, uma experiência antropológica...

Já comentei que Paris tem uma enorme quantidade de linhas de metrô, RER e trem que podem te levar a qualquer lugar, sem problemas. A facilidade também está na compra dos bilhetes, que pode ser feita nos guichês ou em máquinas de auto-atendimento, ou, se preferir, pode-se fazer o NaviGo - um cartão que dá livre acesso a todo transporte público dentro de Paris, inclusive ônibus. Acho que vale a pena.

Mapa das linhas de metrô, RER e trens de Paris

Então, de posse do meu NaviGo e utilizando-o diariamente, tenho visto muita coisa durante meus trajetos... Uma dica importante é que algumas composições do metrô são antigas e por conta disso, para que se possa entrar ou sair de algum vagão é preciso acionar, literalmente, uma manivela - dia desses vi um grupo de turistas brasileiros perder a estação de decida porque estavam esperando a porta se abrir e nada... (mas Jivago deu as devidas instruções!). 

As estações são repletas de cartazes que anunciam desde exposições, filmes e peças de teatro até anúncios publicitários. Poderia ser uma poluição visual não fosse a disposição delas - ok, talvez eu ainda esteja na fase de encantamento, mas, me agrada ver tudo isso... Fora isso, as maiores e mais populares estações congregam lojinhas (de sapatos, inclusive!), lanchonetes, bancas de periódicos e até cabeleireiro... 

Outras curiosidades desse mundo subterrâneo: os cachorros, assim como em qualquer lugar de Paris, tem livre acesso aos vagões, e são comportadíssimos! Também observei que a grande maioria das pessoas, independentemente da idade, faz seu trajeto lendo alguma coisa - dia deses sentou ao meu lado um garoto que deveria ter uns 11 anos lia um jornalzinho dado comumente nas estações. Bom, sobre odores... Confesso que imaginei que fosse pior, principalmente agora no inverno, mas devo ter sentido umas três ou quatro vezes o mau cheiro de alguém - geralmente os mais idosos ou moradores de rua. 

A experiência também é musical... Não é difícil ouvir músicos das mais variadas formações e partes do mundo: duo de peruanos (sim, eles também estão aqui! E eu adoro!), solo de violino ou acordeon e até um octeto, que acredito ser da Europa Oriental, que tocava trompete, sanfona, violinos, enfim, uma festa só!!! Ah, há também aqueles que entram nos vagões para tocarem... Hoje mesmo tive duas experiências bem opostas enquanto ia e voltava do meu curso - aliás, isso foi o que me motivou a colocar esse post específico. Na ida, ao descer do metrô e caminhar na plataforma, havia um violinista tocando sua arte em um dos vagões... Jeito bom de começar o dia! Na volta, calhou de eu entrar justamente no vagão em que havia um homem com um microfone nas mãos e um amplificador ligado que cantava, pasmem, "Festa no Apê" em espanhol. Gente, justamente no último dia de carnaval? Adorei! rsrsrs... Me senti um pouquinho na Avenida. 


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